Vidro

 
 
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Doada à Universidade de Aveiro por Francisco Madeira Luís em 2001, a coleção de vidros é constituída por mais de 5 mil peças de vidro vulgar de fabrico português e de natureza utilitária, na sua maior parte. A coleção contém ainda algumas peças de luxo. O âmbito temporal abrange a segunda metade do séc. XIX e a primeira metade do séc. XX, havendo no entanto alguns objetos dos finais do séc. XVIII e princípios do séc. XIX, assim como outros posteriores a 1950. 
Esta coleção é formada por peças obtidas por sopragem livre, sopradas em moldes e peças prensadas. As técnicas decorativas encontram-se ligadas, nos dois últimos casos, ao processo de fabrico, embora por vezes se tenha adicionado decoração aos vidros soprados em moldes e vidros prensados pelos mesmos processos pelos quais é habitual ornamentar a produção soprada livremente. Quase toda a coleção é composta por vidros portugueses ou de uso corrente em Portugal, embora existam alguns exemplares reconhecidamente estrangeiros. Entre estas peças estão objectos tão variados como salvas de pé, galheteiros, bebedouros para pássaros que, já no séc. XVIII, saíram da Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande. Existem também objetos que estão associados a hábitos sociais relativamente recentes, como é o caso do consumo de ginjinha popularizada desde meados do séc. XIX ou a ingestão de porções calculadas mediante o uso de copos graduados, em estâncias termais.