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A Severa - selecção. A Severa - marchas da tourada

Fonograma

ID: MusA-1265
Data:
1931 (edição/publicação)
Medidas:
25 cm (diâmetro) 78 rpm (rotações por minuto)
5m 7.0s (duração)
Descrição:
Disco de goma-laca, de gravação eléctrica, composto pelos títulos: A Severa - selecção; A Severa - marchas da tourada [música de] Frederico de Freitas, Orquestra José M. Lucchesi com acomp. e bandoneon [por Georges Sellers].
História/origem:
As gravações que deram origem a este fonograma ocorreram a 10 de dezembro de 1931. Foram levadas a efeito em Paris – França, provavelmente por Arthur Douglas Lawrence, técnico de gravação da Gramophone Company (de Hayes, Londres – Inglaterra).
O Jornal His Master’s Voice nº1, do Grande Bazar do Porto, dá a indicação de que o disco resultante foi colocado à venda a 22 de dezembro de 1931 (p. 1; p. 4) e inclui uma fotografia do maestro da Orquestra Lucchesi, José M. Lucchesi, “ouvindo as provas da SELEÇÃO SEVERA – EQ-309” (p.1). A mesma fonte indica que “A Selecção da Severa – executada em Paris pela celebre orquestra Lucchesi de que faz parte o grande acordeonista [Georges] Sellers é a peça principal que a His Master’s Voice traz [à data] a público. É uma composição feita com os mais importantes e belos motivos da partitura da Severa, seleccionada pelo maestro Frederico de Freitas. O carinho que o maestro lhe deu, a interpretação pela grande e afamada orquestra Lucchesi, o brilho que lhe dará o extraordinário acordeonista Sellers, tudo isto constitui uma atracção enorme. O êxito que terá A Selecção é seguríssimo” (p.2).
No rescaldo da publicação deste fonograma, a carta de 28 de dezembro de 1931, de Alfredo Allen - responsável do Grande Bazar do Porto – para Frederico de Freitas, menciona que “relativamente ao disco do Lucchesi – sou absolutamente da sua opinião. Gosto francamente da execução e as castanholas – embora impróprias – são desculpáveis e para os estrangeiros que aqui teem ouvido o disco – constituem um elemento magnifico para a animação do final do disco. O disco agrada a toda a gente e espero [que] tenha muito boa venda. Vou escrever ao Lucchesi agradecendo-lhe o interesse que ele manifestou por esta gravação e pedindo-lhe para insistir com a Compagnie Française [filial francesa da Gramophone Company], para que publiquem em França. Acho que seria diplomatico o seguinte: você escreveria 2 palavras amáveis em portuguez, claro está, dirigidas ao maestro Lucchesi – num desses lindos cartões de visita que você possui – como director artístico da H.M.V. E incluiria esse bilhete na minha carta (…)”.