Isabel Pons

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Maria Isabel Pons, natural de Barcelona, Espanha, nasceu em 1912 e faleceu no Rio de Janeiro em 2002. Frequentou os cursos de pintura e desenho na Escola Nacional de Belas Artes, em Barcelona, entre 1925 e 1930 e ainda o Real Círculo Artístico. No mesmo período estuda na Escola Industrial de Sabadell, com Juan Vila-Cinca e A. Vila Arrufat. Entre os anos 1930 e 1940, frequenta o ateliê do pintor Carlos Vazquez. Por volta de 1935, faz ilustrações para livros do poeta espanhol Federico García Lorca (1898-1936). Muda-se para o Rio de Janeiro em 1945 e em 1957, leciona gravura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage).
Naturaliza-se brasileira em 1958.
Estuda com Rossini Perez (1932) e Johnny Friedlaender (1912-1992) no Ateliê de Gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em 1959.
Marcou presença no Salão Nacional de Arte Moderna (isenção de júri em 1960), na Bienal de São Paulo (com destaque para o prêmio de melhor gravador nacional em 1961 e para a sala especial em 1963), nas bienais Interamericana do México (medalha de ouro em 1960), Veneza (prêmio Fiat em 1962), Cracóvia (primeiro prêmio de gravura em 1966), entre outras. Em 1963, António Bento observava a seu respeito: "Pela originalidade de sua visão artística, pela validade de suas pesquisas técnicas e artesanais, Isabel Pons desempenha aqui, no campo da gravura, um papel semelhante ao de Tapies, na pintura espanhola informal da atualidade."
Marcou presença com trabalhos individuais em várias cidades brasileiras, europeias, espanholas (Barcelona, Pamplona e Madrid), italianas (Roma, Milão e Veneza), australianas (Canberra), americanas (Nova York e Washington), alemãs (Berlim), entre muitas outras.  
Em 1995, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugurou a mostra Isabel Pons: “50 Anos de Brasil”, que seguiu depois para o Museu de Arte de Brasília (DF) e para o Museu Diocesat da Pia Almoina, de Barcelona (Espanha). Sua obra integra atualmente o acervo de numerosos museus mundiais.

"No início do meu trabalho com gravura, até as tintas eu preparava, providenciava o papel, que precisava ser importado para que o trabalho fosse satisfatório. Hoje acabaram-se as tintas, o papel e a minha saúde. Não posso mais imprimir. Meu trabalho exige um longo processo. Nele eu uso sempre de duas a cinco cores diferentes e, para cada cor, é preciso um novo entintamento e nova passagem pela prensa". 
Isabel Pons a Marba Furtado - 16 de novembro de 1985

 
Ref. bib.
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9888/isabel-pons | https://www.escritoriodearte.com/artista/isabel-pons/ | http://www.bolsadearte.com/artistas/perfil/id/112/