Zé Augusto

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José Augusto Ferreira dos Santos, conhecido por Zé Augusto, nasceu a 12 de Fevereiro de 1930, em Aveiro.
De 1945 a 1950 matriculou-se na Escola Industrial Fernando Caldeira, nas disciplinas de desenho e pintura cerâmica, tendo como mestres em pintura Gervásio Aleluia e Hernâni Moreira; em desenho, Júlio Sobreiro, Ferreira Alves e Porfírio de Abreu.
Em 1946 iniciou a aprendizagem de oleiro e cerâmico, nas Faianças de S. Roque.
Em 1948 entrou para a Fábrica "Artibus", como oleiro.
Em 1959 mudou-se para a Fábrica Aleluia como aprendiz de pintor de painéis, mantendo-se nesta atividade até 1964, data em que é transferido para a atividade de modelador e formista cerâmico; paralelamente, nesse ano, fez parte do Gabinete de Estudos da mesma fábrica.
De 1962 a 1964, recebeu a orientação, em alguns trabalhos de escultura, do escultor Mário Truta.
Em 1969, montou oficina em Aradas, com Aníbal e Dolívio Correia.
Em 1973 faz a sua 1ª exposição no "Convés" (Cais dos Botirões) e, ainda neste ano, ausenta-se para Angola, onde montou oficina cerâmica com o seu irmão Manuel Máximo Regressou a Portugal em 1975; nesse ano aceita o lugar de modelador cerâmico nas Faianças de Outeiro, em Águeda.
Em 1977, montou oficina própria, na Rua Mário Sacramento, em Aveiro.
Em 1982, mudou-se para S. Bernardo, onde ainda mantém em atividade a sua oficina.
Além de muitas outras obras de sua autoria, são de salientar os painéis executados para os seguintes locais: Largo do Mercado Manuel Firmino; Igreja de S. Jacinto; Igreja da Costa Nova; Igreja do Paço de Cacia; Igreja de Eirol. Estes painéis foram executados segundo maquetas de Jeremias Bandarra.
Faz parte do grupo Aveiro-Arte, desde a sua fundação, na qual colaborou em algumas exposições.
Prolífero criador, transmitiu às suas peças uma interpretação, exteriorizando a sua própria identidade, moldando minuciosamente o barro, criando figuras de Aveiro como São Gonçalinho, Santa Joana,  marnotos e salineiras, e outras com traços caricaturais. A sua multifacetada criatividade não se esgotou  na cerâmica, mas abriu-se também a outros domínios das artes plásticas.
Morreu em Aveiro a 27 de Agosto de 2012

"Pelo século XX, se diversos nomes mantiveram a força da tradição barrista, tem sido Zé Augusto o mais apreciado, recriando figuras típicas de Aveiro, com um carácter caricatural de fino recorte, mas também dando corpo à tradição de famosos santeiros, pela enorme variedade de santos produzidos em barro vermelho e/ou vidrado." Retirado de http://ufba-eba-ceramicaportuguesa.blogspot.pt/
Ref. bib.
Retirado de http://ufba-eba-ceramicaportuguesa.blogspot.pt/