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Oliviers au bord de la mer

Pintura

ID: MusA-93
Data:
1942 (criação)
Medidas:
54 cm;65 cm (altura;largura) Óleo sobre tela (técnica)
Descrição:
Encosta pedregosa com vista sobre um plano baixo e desimpedido do mar. A encosta é povoada heterogeneamente de oliveiras. A paisagem estrutura-se em dois planos onde é criado um contexto pictórico através da mancha em pasteis ocres e verdes azulados. 
O primeiro plano ocorre focalizado na oliveira enquanto elemento pictórico que se destaca do conjunto pela cor, contrariamente ao que sucede em outras obras em que a árvore funciona visualmente isolada. Este elemento é pintado numerosas vezes por Hélène de Beauvoir em diversas obras, concebendo-o também enquanto objeto de contemplação. Em "Oliviers et cactus" (UA-HB-P-7), "Batteuse et charette" (UA-HB-P-26), "Un olivier au bord de la mer" (UA-HB-P-20), a oliveira surge sempre posicionada da mesma forma, com o tronco dividido em dois grossos ramos e a copa orientada para a direita. Neste caso em particular, destaca-se, à direita, uma oliveira do olival por ser a única com a copa tonalizada a verde, o que lhe dá vida e confere equilíbrio ao quadro. As restantes árvores estão quase omissas com ramagens pintadas a ocre que as confundem com os tons da própria encosta. Sensivelmente centrado no limite inferior do quadro está camuflada, por detrás da oliveira verde, uma casa térrea branca com um muro de pedra avançado que esconde a parte da fachada lateral. Uma chaminé branca adorna o seu telhado horizontal avermelhado.  
Num segundo plano avista-se o mar em variações de verde e azula. Este estende-se, mais distante, até à linha do horizonte. O céu ilumina-se em tons rosa e branco. 
História/origem:
A primeira fase da carreira de pintora de Hélène de Beauvoir é considerada figurativa. Não querendo copiar as tendências em voga na época, recusou experimentar o género mais abstrato, mais cubista, mais “picassiano”. É inspirada por alguns pintores expostos no Louvre, nomeadamente por Antoine Watteau, por quem ela demonstra ter bastante admiração. Os seus quadros combinam vários géneros bem como elementos pictóricos próprios do século XVIII, como o elemento feminino e apaixonante e as paisagens bucólicas. Os críticos da época consideram que a sua pintura é sustentada por uma tradição muito clássica, firme na sua maneira de pintar e no equilíbrio da sua composição (L’Européen, 1936). 
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