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Rivière et lavandières

Pintura

ID: MusA-25
Data:
1943 (criação)
Medidas:
62 cm;69 cm (altura;largura) Óleo sobre tela (técnica)
Descrição:
Numa paisagem rural, despovoada, onde corre um leito de uma ribeira que bifurca em diferentes direcões, várias pessoas usufruem da água da ribeira para se ocuparem das suas tarefas. Um dos braços da ribeira perde-se à direita na paisagem algarvia enquanto que, dois outros, viram à esquerda, separados entre si por uma língua de terra. À direita, duas lavadeiras encontram-se atarefadas, debruçadas dentro de água. Ao centro, um homem segura na mão a rédea do seu burro que tranquilamente bebe água da ribeira. À esquerda, encontra-se apoiada sobre um muro, uma mulher de jarro na mão.
Em primeiro plano, sobre a plataforma de acesso à ribeira está, à esquerda, uma mulher em pé e de frente, a qual segura um jarro de barro na mão, apoiada sobre um pequeno muro. Outro jarro de barro repousa sobre o chão, junto dela.
O leito principal da ribeira e o respetivo canal aberto à esquerda delineam o segundo plano. Á direita, em pleno leito da ribeira duas lavadeiras trabalham dentro da água, aproveitando as pedras existentes para corarem e baterem a roupa. O cesto de roupa branca mantém-se junto de uma delas, dentro de água.
Ainda na plataforma de acesso à margem da ribeira, um homem em pé olha para o seu burro, com as rédeas na mão. Aguarda tranquilamente que o animal, de patas na água, termine de beber. Na margem posterior da ribeira um caminho foi traçado à esquerda perdendo-se na paisagem. 
O arvoredo disperso, semelhantes a manchas verdes, preenche a planície algarvia, conferindo profundidade e volumetria à obra. Destaca-se, no centro da mesma, pelo seu porte e copa larga, uma árvore, localizada na língua de terra que separa os dois canais esquerdos da ribeira. Na margem direita foi colocada uma ala de três árvores de médio porte, as quais seguem o braço direito da ribeira.
Separa a linha de horizonte, a banda celeste azul enublada branca, da paisagem algarvia de ton ocre, complementado pela tranquilidade dos labores rurais.
As lavadeiras são um tema igualmente retratado no quadro "Lavandieres" (UA-HB-P-8) onde há nítidas similaridades com "rivière et lavandières" (UA-HB-P-9). A plataforma de acesso à ribeira e o traçado desta última é idêntico, bem como o  direcionamento dos canais. As duas lavadeiras centrais mantêm-se na mesma posição, debruçadas dentro da água a trabalhar. O elemento feminino apoiado no muro continua localizado à esquerda do quadro, bem como o próprio muro que aumentou de dimensões.  
História/origem:
A primeira fase da carreira de pintora de Hélène de Beauvoir é considerada figurativa. Não querendo copiar as tendências em voga na época, recusou experimentar o género mais abstrato, mais cubista, mais “picassiano”. É inspirada por alguns pintores expostos no Louvre, nomeadamente por Antoine Watteau, por quem ela demonstra ter bastante admiração. Os seus quadros combinam vários géneros bem como elementos pictóricos próprios do século XVIII, como o elemento feminino e apaixonante e as paisagens bucólicas. Os críticos da época consideram que a sua pintura é sustentada por uma tradição muito clássica, firme na sua maneira de pintar e no equilíbrio da sua composição (L’Européen, 1936). 
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