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Le vendeur de pastèques

Pintura

ID: MusA-65
Data:
1941 (criação)
Medidas:
54 cm;65 cm (altura;largura) Óleo sobre tela (técnica)
Descrição:
Feira de bens de subsistência, com destaque para a venda de melâncias. A feira decorre ao ar livre, sobre um piso árido em terra batida. Todas as pessoas são camponeses vestidos de fatos coloridos, enchapelados e no caso das mulheres usam lenços compridos na cabeça, aventais, saias abaixo do joelho, blusas abotoadas até ao pescoço e de mangas compridas.
O primeiro plano é ocupado pela exposição de um amontoado de melancias cor verde "garrafa", pousadas no chão. Dois homens e uma mulher estão sentados sobre blocos amarelos aguardando que surjam clientes. Á direita, de pé e em frente ao monte de melâncias, encontra-se uma mulher de perfil, em pé, que segura nos braços um dos frutos redondo e verde. 
O segundo plano é ocupado pela movimentação de carroças e de burros. Á esquerda, junto a quatro ciprestes altos encontram-se estagnados três burros, bem como uma carroça de toldo azul, sem atrelados. O formato, os motivos decorativos sobre fundo azul dos toldos, as rodas grandes raiadas, repetem-se em todos os quadros referentes a feiras que a Hélène de Beauvoir pintou, funcionando como um elemento de referência, logo um caso de estudo. 
Orientados para a direita, subindo a encosta, uma mulher inicia uma fila seguida de uma carroça puxada por um quadrúpedo. Acompanham-nos atrás um conjunto de mulheres montadas em burros também carregados de cestos amarelos.
A feira foi um tema estudado e repetido por Hélène de Beauvoir, em várias telas, nomeadamente em: "Un petit âne vá à la foire" (UA-HB-P-11); "Á la foire" (UA-HB-P-13); "Le vendeur de poteries" (UA-HB-P-30); "Petits ânes à la foire" (UA-HB-P-51); "Pastèques" (UA-HB-P-60) e apresenta elementos pictóricos recorrentes, nomeadamente os burros, as carroças com os toldos coloridos a azul forte e as melancias verdes "garrafa". 
Em terceiro plano surge, no segundo quadrante da tela, um monte pintado em tons ocre rosados manchados a pinceladas verdes. No cume destaca-se a presença de um moinho branco de vento com velas abertas. A linha topográfica irregular delimita a terra do céu e o contraste entre as cores quentes e as cores frias conferem um equilíbrio à obra.  
História/origem:
A primeira fase da carreira de pintora de Hélène de Beauvoir é considerada figurativa. Não querendo copiar as tendências em voga na época, recusou experimentar o género mais abstrato, mais cubista, mais “picassiano”. É inspirada por alguns pintores expostos no Louvre, nomeadamente por Antoine Watteau, por quem ela demonstra ter bastante admiração. Os seus quadros combinam vários géneros bem como elementos pictóricos próprios do século XVIII, como o elemento feminino e apaixonante e as paisagens bucólicas. Os críticos da época consideram que a sua pintura é sustentada por uma tradição muito clássica, firme na sua maneira de pintar e no equilíbrio da sua composição (L’Européen, 1936). 
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