José Augusto

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Nasceu em Portimão em 1922 e faleceu em 2005. Estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio, Sociedade Nacional de Belas-Artes e Academia de La Grande Chaumière, em Paris.
José Augusto frequentou a Escola Primária Elementar em Portimão, tendo ido morar para Lisboa aos 14 anos. Em 1956 frequenta em Paris a academia livre La Grande Chaumière, contactando de perto com importantes artistas, o que lhe permitiu novos experiências artísticas, que se viriam a refletir numa expressão “neo-impressionista” vibrante de cor e qualidade, mas sempre ligada à sensibilidade e à fidelidade dos seus princípios.
Foi aluno de Domingos Rebelo, que o retratou. Influenciado pela arte europeia, foi para Paris durante os períodos de férias para frequentar a  Academia de La Grande Chaumière. Em 1958 pinta o seu segundo auto-retrato. O primeiro tinha sido elaborado nas aulas de Domingos Rebelo. De feição cubista, este retrato para além das características da semelhança com o modelo é também uma composição de pintura. Esta obra, feita de manchas espatuladas, fixa a expressão fisionómica, mas também psicológica, dando a ver os dois lados da sua personalidade: o da razão e serenidade, e o da utopia e do sonho.
As influências recebidas dos movimentos impressionistas levam-no a um pequeníssimo período pontilista, que mais tarde viria a desenvolver a partir dos anos Oitenta, até falecer (2005),   e  a que Madalena Carretero designou por “Paisagens” ou “Jardins Intemporais”.
O artista buscou assim na natureza sugestões para estimular a imaginação e construir a sua poética e toda a derradeira expressão da sua obra.
Grande colorista, José Augusto prosseguiu, nos últimos vinte anos de obra, o estudo da luz e da sua refração nas águas, da passagem da luz pelas folhagens e da luz em si mesma, como pura abstração.
Frequentou ainda os Cursos de «Gravura» de Alice Jorge, João Hogan, Isabel Pons e Dacos. 
Está representado na Câmara Municipal de Lisboa, na Secretaria de Estado da Cultura e no Museu de Carpi em Itália.
Dividido entre arte figurativa e arte abstrata, sentiu sempre uma enorme necessidade de mudar de estilo, atribuindo a cada obra um elevado grau de exigência artística que permaneceu ao longo do tempo. Em 2005 faria 83  anos e no último quadro que realizou e que não chegou a assinar apontava novamente para um retorno à figuração. Com o conhecimento de que lhe restava pouco tempo, lamentou-se e disse: "que pena, pois ainda tinha muitos projetos para realizar".
Ref. bib.
http://algarvepressdiario.blogspot.pt/2010_01_16_archive.html | http://www.cccaloura.com/index.php?mode=coleccao&art=55  | http://www.bnportugal.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=581:mostra-jose-augusto-retratos-naturezas-mortas-e-jardins-intemporais&catid=157:2011&Itemid=625