Jean Miotte

About

Jean Miotte nasceu em Paris em 1926. Estudou no liceu Hoche em Versailles. Em 1947 começou a frequentar os ateliers de Montparnasse, mas é apenas em 1953 que expôs pela primeira vez no Salão des Réalités Nouvelles, no qual passou a participar anualmente. Na década de 50 afirma a sua espontaneidade lírica. Tudo é movimento numa pintura monocromática. Em 1959, regressa à policromia sem contudo perder de vista a dinâmica que o caracteriza. Nesse ano, 62 obras são apresentadas pela primeira vez, numa exposição, em Colônia, na Alemanha. Na década de 60, Jean Miotte trabalha um grafismo mais descritivo onde os contrastes são mais acentuados, o espaço alarga-se. Em 1961, Jean Miotte recebe o grande prémio Ford-Foundation, o que lhe permite ter acesso a uma bolsa para trabalhar nos Estados Unidos.  Jean Miotte instala-se em Soho e conhece alguns pintores como Robert Motherwell (1915-1991), Mark Rothko (1903–1970), Jacques Lipschitz (1891-1973) e Alexander Calder (1898-1976).
Já nos anos 70 impera uma grande sobriedade da cor. O branco domina a tela, ritmado pelos tons trabalhados em guache, colagens de papel kraft e com novas técnicas impressas.
Em 1980, Jean Miotte é o primeiro pintor ocidental a ser convidado para uma exposição na China Pós-Mao.
Em 2002 foi criada a Fundação Jean Miotte em Nova Iorque onde se encontra permanentemente representado.
Depois de inúmeras exposições individuais internacionais, Jean Miotte á atualmente uma das personalidades artísticas mais importantes da história da Arte do Pós-Guerra. As suas obras podem ser admiradas em museus europeus, americanos e asiáticos, bem como apresentados em leiloeiras de renomes como a Christie’s.
Jean Miotte é conhecido pela maneira como transmite a energia e o movimento através da cor. É pelo gesto totalmente livre e espontâneo que constrói a sua tela. Cores primárias que traduzem uma forte emoção bem como uma forte sensibilidade, clareza das linhas que traduzem uma coreografia no espaço, vivacidade da escrita, transparência e sobretudo um questionar constante são características da sua obra.
Jean Miotte morreu a 1 de março de 2016.

« L’expression, selon moi, doit venir de la spontanéité. Cette spontanéité est le fruit d’une confrontation intérieure, d’une introspection qui fait jaillir les premières touches »
http://terredecompassion.com/2016/03/01/jean-miotte-–-le-peintre-de-la-liberte/