Darocha

About
Luís da Rocha nasceu em 1945 em Oliveira de Azeméis. Deixou Portugal em 1967e foi viver para Londres, depois para Toulouse em 1969, instalando-se finalmente em Paris em 1970 onde passou a residir e a trabalhar, aí permanecendo até à atualidade. 
Frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e a Escola Superior de Belas Artes do Porto.
De 1975 a 1996 foi professor conferencista polivalente nas Escolas de Belas Artes de Metz, Dijon, Limoges, Reims e conferencista nas Escolas de Belas Artes de Lorient e Besançon.
Conferencista no Musée National d’Art Moderne em Paris (Centre Georges Pompidou) de 1976 a 1984.
Editou vários livros nas Éditions Voix / Richard Meier.
Desde 1970 que expõe sob o nome Darocha em Paris, em França e noutros países europeus, em África e na América (Venezuela, Argentina, EUA).
Na pintura, na gravura, na arte vídeo, na ficção, publicou na Afrontamento o livro «O Farol das Estrelas Cadentes» que ele mesmo ilustrou. Darocha tem vindo a revelar-se, como Egídio Álvaro sugere, um extraordinário contador de histórias, capaz de integrar as velhas lendas e os mitos arquetipais nas pequenas mitologias e nas fábulas do quotidiano, tão características deste artista.
Nas gravuras, alinham-se, numa distribuição orientada por uma lógica oculta, micro paisagens habitadas por duendes, fadas, meninas de outras eras, pequenos monstros, princesas absortas em fantasias secretas, palhaços, toda uma constelação de imagens saídas da infância, estrelas cadentes do firmamento dos sonhos, tombando no papel para deleite dos nossos sentidos e da nossa imaginação.

“Sempre conheci o Darocha como um investigador e um pesquisador do vasto campo da arte, isolado das tendências, como quase todos os grandes criadores, o seu trabalho é multifacetado. Ambíguo, por vezes, quase sempre fascinante, apoiando-se em lendas, em histórias semi-verdadeiras, numa mitologia pessoal extraordinariamente rica. Os materiais que utiliza são variados, mas em perfeita adequação com o conteúdo da mensagem. Tela, papel, madeira, metais, plásticos, textos ou pigmentos, tudo tem, na sua obra, um significado preciso e um sentido profundo.”
Egídio Álvaro (catálogo da exposição no Museu Amadeo de Souza Cardoso em 1998)