Emerenciano Rodrigues

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Emerenciano, artista-plástico português, nasceu em Ovar (Portugal) em 1946. Terminou o Curso de Pintura Decorativa na Escola de Artes Decorativas Soares do Reis no Porto. Licenciado em Artes Plásticas e o Curso Complementar de Pintura, em 1976, pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, depois de cumprir o serviço militar e mais de dois anos na denominada guerra colonial. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, instituição que lhe financiou uma pós-graduação e uma de viagem de estudo que realiza a Paris.
Emerenciano participa em exposições coletivas desde os anos 60, não só em Portugal mas também no estrangeiro – Brasil, Suécia, Espanha, Alemanha, Luxemburgo, Hungria, Itália, Bulgária. Expõe individualmente desde a década de 70, em cidades como Leiria, Porto, Coimbra, Ovar, Lisboa, Figueira da Foz, Vila das Aves, Gondomar, Santa Maria da Feira, Cascais e Espinho.
A partir de 1973 define por aproximação à escrita a sua pintura, título de uma exposição individual que realiza na Galeria Módulo em 1979, a primeira que realiza na cidade do Porto, de um percurso orientado pela motivação da escrita como um propósito, sem desejar ultrapassar a fronteira que separa as imagens das palavras.
Autor de uma pintura próxima da escrita, dedica-se também, desde 1980, à Arte-Postal e à Poesia Visual, bem como à ilustração de livros infantis, juvenis e de poesia.
Depois, outros desenvolvimentos complementares são assumidos, e uma escrita virá a declara-se através de textos de reflexão, e a escrita poética leva o autor a publicar livros.
Em 1980 inicia a participação regular em exposições internacionais de Arte-Postal e de Poesia Visual, aceitando os convites que lhe são dirigidos, e a motivação constitui fator suficiente de realização de afins desenvolvimentos próximos da poética dos correios, caracterizada pelo pequeno formato, envelope, bilhete-postal, selo, e carimbo.
No campo da Arte Pública produziu painéis de azulejos para o Posto de Turismo (1999) e para a Praia do Furadouro (2005), em Ovar, e para a Escola Monsenhor Jerónimo do Amaral, Vila Real (2001); e, ainda, um monumento em homenagem ao boxeur Santa Camarão (Ovar, 2006).
É autor do álbum de desenhos Escutar as Mãos (1992), com poema de Eugénio de Andrade; do livro de poesia e desenhos A mão tingida sobre o espelho / Chão prisão do mundo (1998), de Idade das Idades: 69 desenhos (2001), de Assimetria do Ser: poesia e desenhos (2005), prefaciado por Mário Cláudio, e de Impura Atitude: desenhos (2007). Fez ainda ilustração para a obra A Rua Chão da Escada: palavras e imagens (1993).
A sua produção artística integra várias coleções públicas e privadas, como a do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a das câmaras municipais de Oeiras, Ovar e Pernik (Bulgária), a da Caixa Geral de Depósitos, a da Associação Empresarial de Portugal e a da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto.