Vasco Branco

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Vasco Branco nasceu em Aveiro a 27 de setembro de 1919. É nesta cidade que vive a sua infância e adolescência, terminando o Curso Comercial em 1930 na Escola Comercial e Industrial. Com 16 anos frequenta o Curso Industrial de Desenho e Pintura Cerâmica onde segue as aulas de Silva Rocha, Gervásio Aleluia (filho de João Aleluia, dono da Fábrica Aleluia) e Romão Júnior.
Entre 1939 e 1944 frequenta o curso de Farmácia da Universidade do Porto, o qual lhe permitirá conhecer e aprofundar amizade com o Professor Abel Salazar, médico, pintor e teórico de arte.
Dedicar-se-á ao cinema (curta-metragem), à pintura, literatura e cerâmica. Em 1945 tem a primeira exposição individual de pintura e a partir de 1947 inicia uma colaboração regular em Mundo Literário, revista dirigida por Adolfo Casais Monteiro. Continuará a colaborar assiduamente em revistas Iiterárias, tais como Bandarra.
Em 1952 publica o seu primeiro livro: Telhados de Vidro, a que se segue Flor Seca e outros livros. Com o livro “Os Generosos Delírios da Burguesia”, editado pela Moraes Editora, venceu o Prémio de Ficção 1979 da Associação Portuguesa de Escritores.
A atividade cinematográfica materializar-se-á entre 1958 (ano do seu primeiro filme, O Bebé e Eu) e 1984 (O Colégio de Gaia), na realização de meia centena de títulos. Muitos deles valeram-lhe sucessivamente prémios em festivais nacionais e internacionais, destacando-se o conquistado em 1960 no concurso internacional UNICA, pelo filme “Circo e Etc.” e também a menção especial do júri do cinema amador num festival de cinema independente em Cannes (1963) para O Espelho da Cidade, distinção que o levaria a ser convidado para presidir ao júri dos cineclubes na edição seguinte do mesmo festival francês.
Funda em 1955 o Cine-Clube de Aveiro, de que será presidente.
Em 1958 realiza a sua primeira curta-metragem: O Bebé e Eu, com o qual obteve o primeiro prémio no Concurso Nacional do Clube Português de Cinema de Amadores de Lisboa. Neste mesmo ano expõe trabalhos de pintura em Aveiro (exposição coletiva). A sua atividade de cineasta, pintor e escritor continua a crescer em simultâneo.
Em 1971 funda, com outros, o grupo artístico AveiroArte e, em 1972, dedica-se especialmente à cerâmica artística: peças, azulejos e painéis cerâmicos, que realiza, não só para Portugal, como para o estrangeiro.
Em 1980 ganha o prémio de ficção da Associação Portuguesa de Escritores com o romance Generosos Delírios da Burguesia. Leciona cinema e depois cerâmica durante alguns anos.
Em 2000 a Câmara de Aveiro institui um prémio anual: o prémio Vasco Branco.
Morre na cidade do Porto, a 11 de Abril de 2014