Paulo Manso

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Paulo Manso nasceu a 16 de dezembro de 1896 na Figueira da Foz – Portugal e faleceu a 19 de junho de 1982 em Lisboa – Portugal.
Foi violinista, professor, diretor artístico e solista em várias orquestras. Foi condecorado com o grau de Cavaleiro da Ordem de Santiago no início dos anos 30. Teve uma carreira artística ativa até 1975.
Deu os primeiros passos na música sob a orientação de seu pai, mas foi António Ribeiro Couto que o ensinou a tocar violino. Com onze anos de idade integrou a Orquestra do Teatro da Figueira da Foz e aos catorze ingressou no Conservatório Nacional de Música – Lisboa - Portugal para dar continuidade aos estudos de violino com Júlio Cardona. Paulo Manso foi um dos seus melhores alunos a participar numa audição pública na sala da Liga Naval – [Lisboa].
Em 1917 concluiu o ensino superior com a classificação de vinte valores. Contudo, continuou a aperfeiçoar a sua técnica com, o também violinista, Alexandre Bettencourt de Vasconcelos.
Em 1918 deu o seu primeiro concerto no Salão Nobre do Teatro S. Carlos – Lisboa, acompanhado pela pianista, Irene Gomes Teixeira
Em 1921 viajou para Paris para ter aulas com os violinistas Lucien Capet e Guillaume Remy. Nessa mesma cidade e na sala Le Comédia, interpretou com a pianista Mme. Loiseau o recital Improviso sobre uma cantiga do povo do compositor Cláudio Carneiro.
De regresso a Portugal, promoveu-se artisticamente num concerto no Conservatório de Lisboa onde se apresentou ao público português e no qual teve a colaboração do pianista português Varella Cid. Em 1927 tocou numa conferência-concerto da crítica musical e ensaísta francesa e naturalizada portuguesa, Francine Benoit, no Salão do Conservatório Nacional de Lisboa. A convite do pianista Vianna da Motta, tocou juntamente com a pianista Isabel Manso,sua irmã, com a harpista Lea Bach e com a pianista Eleonore Amzel, no Salão da Associação dos Artistas – Portugal, no concerto comemorativo do primeiro centenário da morte do compositor austríaco Schubert.
As parcerias mais notórias de Paulo Manso foram com Vianna da Motta e com o violoncelista Fernando Costa. O trio interpretou obras do compositor Beethoven numa audição integral de música de câmara para instrumentos de arco e piano em Lisboa (1929) e concertos, em Sevilha – Espanha (1930). Em 1932 passou a ser solista da Orquestra de Ópera do Coliseu dos Recreios e assumiu a direção da secção musical do Casino Estoril – Cascais - Portugal. Em 1933, o trio participou em concertos no Salão do Conservatório (para comemorar o primeiro centenário do nascimento do compositor Brahms) e no Casino Estoril (onde executaram novamente obras de Beethoven).
Com o objetivo de promover concertos por todo o país, o Secretariado da Propaganda Nacional convidou Paulo Manso para participar nas Missões Culturais, nos quais colaborou com o pianista, compositor e pedagogo Eurico Tomaz Lima, nascido em Ponta Delgada - Açores, com a violoncelista portuense Madalena Sé e Costa e com a soprano Leonor Vianna da Motta, filha de Vianna da Motta.
Em 1942 passou a fazer parte da Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional – Lisboa e em 1947 abdicou dessa função para ser diretor artístico e professor da Academia de Música do Funchal – Madeira – Portugal.
Participou na série de concertos de música portuguesa, organizados pela Emissora Nacional – Lisboa e dirigidos pelo compositor Frederico de Freitas no Teatro Nacional S. Carlos – Lisboa e em 1947 diligenciou vários recitais na Sociedade de Concertos da Madeira, em colaboração com a sua irmã.
Posteriormente, retomou o lugar de solista na Orquestra Sinfónica do qual tinha abdicado em 1947.
 
Ref. bib.
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