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N. S. da Encarnação

Pintura

ID: MusA-88
Data:
1943 (criação)
Medidas:
50 cm;65 cm (altura;largura) Óleo sobre tela (técnica)
Descrição:
O quadro representa o Santuário de Nossa Senhora da Encarnação, em Leiria, no alto de um monte arborizado, precedido de uma escadaria monumental do séc. XVIII. 
O sopé surge em primeiro plano, arborizado de oliveiras de copas altas e ocupado por terrenos cultivados. Á esquerda um bando de seis homens laboram um quadrado de terra com as suas enxadas. Por detrás destes está construída uma casa pequena de cobertura vermelha que deve servir de apoio às tarefas agrícolas. Um caminho verde acinzentado abre à direita, separando o sopé do monte e a parte baixa dos terrenos, bem como o primeiro do segundo plano do quadro.
O segundo plano é ocupado pela alvura do Santuário de Nossa Senhora da Encarnação. Implantado na colina frente ao Castelo de Leiria, insere-se, numa primeira análise, no conjunto das igrejas de peregrinação características do século XVIII, pautadas pelos enquadramentos cenográficos, e pelas longas escadarias.  O pequeno templo apresenta uma galilé (construção arquitectónica, normalmente na entrada de um templo) de 21 arcos. A escadaria monumental remonta à segunda metade do século XVIII, quando era bispo de Leiria D. Frei Miguel de Bulhões e Sousa (1761-1769). Este empenhou-se fortemente na construção dos vários lanços de escadas, que totalizam 162 degraus, e nos patamares, rampas e arcos que amenizam a subida, impondo o seu brasão no último destes arcos. 
O terceiro plano é ocupado pela linha do horizonte que surge depois do monte do santuário. Aí avistam-se duas faixas horizontais, uma primeira ocupada pelo arvoredo verde escuro e uma segunda, mais larga ocupada pelo céu manchado de núvens brancas.
História/origem:
A primeira fase da carreira de pintora de Hélène de Beauvoir é considerada figurativa. Não querendo copiar as tendências em voga na época, recusou experimentar o género mais abstrato, mais cubista, mais “picassiano”. É inspirada por alguns pintores expostos no Louvre, nomeadamente por Antoine Watteau, por quem ela demonstra ter bastante admiração. Os seus quadros combinam vários géneros bem como elementos pictóricos próprios do século XVIII, como o elemento feminino e apaixonante e as paisagens bucólicas. Os críticos da época consideram que a sua pintura é sustentada por uma tradição muito clássica, firme na sua maneira de pintar e no equilíbrio da sua composição (L’Européen, 1936).
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