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La rivière Lis à Leiria

Pintura
ID: MusA-35
Data:
1942 (criação)
Medidas:
61 cm;50 cm (altura;largura) Óleo sobre tela (técnica)
Descrição:
Vista, sobre o rio Lis, em Leiria, que é atravessada pela ponte Rua Conde Ferreira de acesso à "Casa de Serviço de Luta Antituberculosa" (CSLA). Na metade inferior do quadro, as cores frias predominam. O tabuleiro cinzento da ponte destaca-se, em primeiro plano, abrindo um ângulo de 20º a partir do canto inferior esquerdo. Por debaixo da cobertura da ponte, junto aos seus pilares largos, um grupo de mulheres lava e cora a roupa. O Lis prolonga-se para a esquerda descrevendo depois uma curva acentuada para a direita.
A metade superior do quadro enquadra um ambiente urbano de cores quentes. Uma outra ponte, pintada em segundo plano, arremata visualmente o rio Lis e estabelece uma continuidade entre as duas margens amuralhadas, ambas arborizadas. A margem direita do rio compõe-se de um aglomerado de três construções hierarquicamente colocadas por ordem crescente. O conjunto equilíbra o canto superior direito e termina com o limite direito da tela.
A Casa de Serviço de Luta Antituberculosa, ainda hoje mantida, tem cor amarela e apresenta-se como o edifício de mais baixa cércea, retratado em primeiro plano relativamente às duas restantes construções. Localiza-se ainda no entroncamento entre a rua do Lis e a Rua Conde Ferreira, com a fachada principal virada para o início da ponte principal. Os dois outros edifícios destacam-se por serem brancos e estarem pintados em segundo plano. Um à esquerda com um piso de altura e o outro, presente por detrás da CSLA, de dois pisos.
Em terceiro plano admiram-se as encostas arborizadas e cultivadas que envolviam Leiria.
História/origem:
A primeira fase da carreira de pintora de Hélène de Beauvoir é considerada figurativa. Não querendo copiar as tendências em voga na época, recusou experimentar o género mais abstrato, mais cubista, mais “picassiano”. É inspirada por alguns pintores expostos no Louvre, nomeadamente por Antoine Watteau, por quem ela demonstra ter bastante admiração. Os seus quadros combinam vários géneros bem como elementos pictóricos próprios do século XVIII. Os críticos da época consideram que a sua pintura é sustentada por uma tradição muito clássica, firme na sua maneira de pintar e no equilíbrio da sua composição (L’Européen, 1936). 
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