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Les roches rouges d'Albufeira

Pintura
ID: MusA-37
Data:
1941 (criação)
Medidas:
62 cm;69 cm (altura;largura) Óleo sobre tela (técnica)
Descrição:
Plano alto sobre uma paisagem marinha diurna. Enseada junto ao mar onde estão construídas duas casas e onde estão presentes alguns barcos de pesca. A enseada é concava e recortada em "C", delineada por uma faixa arenosa rosada que contrasta e se prolonga, à direita, com o mar cor azul índigo. Uma das embarcações está atracada na praia e as outras duas, de pequeno porte e sem velas, encontram-se na água, ambas próximas da praia. Segundo a pintora, a praia representada é localizada em Albufeira. As casas térreas localizam-se à esquerda da faixa arenosa confrontando-se com os barcos. Elas são caiadas, telhado vermelho e a forma paralelepípeda assume um número reduzido de assoalhadas. A envolvente compõe-se de rochas argilosas volumosas, ponteadas de algum verde escuro.  Em primeiro plano, ocupando a base esquerda do quadro um bloco rochoso argiloso impõe-se e interrompe visualmente a base da enseada. Em terceiro plano desenha-se a linha do horizonte traçada atrás da enseada. Gera-se desta forma um plano horizontal cuja leitura de profundidade é obtida pela existência da conclusão do mar, do perfil de uma outra praia avistada ao longe, bem como de um perfil montanhoso.  
"Les roches rouges d'Albufeira" destaca-se do conjunto de quadros pintados no periodo 1940-1945. Apesar de figurativa e  continuar o predomínio da mancha denota-se a introdução da geometrização do elemento cromático. Este aspeto inovador irá por ela afirmar-se enquanto fase da pintora num periodo posterior da sua vida.
História/origem:
A primeira fase da carreira de pintora de Hélène de Beauvoir é considerada figurativa. Não querendo copiar as tendências em voga na época, recusou experimentar o género mais abstrato, mais cubista, mais “picassiano”. É inspirada por alguns pintores expostos no Louvre, nomeadamente por Antoine Watteau, por quem ela demonstra ter bastante admiração. Os seus quadros combinam vários géneros bem como elementos pictóricos próprios do século XVIII. Os críticos da época consideram que a sua pintura é sustentada por uma tradição muito clássica, firme na sua maneira de pintar e no equilíbrio da sua composição (L’Européen, 1936). 
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