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Guitarra portuguesa com cabeça retangular

Cordofone

ID: MusA-800
Data:
1996 (fabrico)
Medidas:
82 cm;46.7 cm (comprimento;comprimento da corda)
Inf. tecnica:
Madeiras de pau roxo, pinho dos Alpes, ébano e madeira de tola.;Madeira.;Fundo e ilhargas em pau roxo, tampo de pinho dos Alpes, escala em ébano, braço em madeira de tola. Verniz de álcool de goma laca.;DÓ - SOL - LÁ - RÉ- SOL - LÁ
Descrição:
É um cordofone em forma de pera, cuja origem está ligado ao cistro renascentista e, mais proximamente, à guitarra inglesa English Guitar.
O cistro foi instrumento dos jograis da época medieval, mas no renascimento torna-se um instrumento popular, com uma existência que vai até aos finais do séc. XVIII. O mais famoso cistro foi construído pelo violeiro italiano Girolamo di Virchi, da cidade de Brescia, em 1574, para o Arquiduque Ferdinando do Tirol, hoje património do Museu Kunsthistorisches instalado no Palácio de Hofburg, em Viena.
Nos meados do séc. XVIII, surge na cidade do Porto a English Guitar, trazida pela colónia de comerciantes ingleses que aqui se estabelece. Trata-se de um instrumento periforme da família do cistro, encorporando características estruturais e acústicas bem diferenciadas do seu antecessor. Torna-se popular entre nós, ao ponto do mestre de capela da Sé do Porto, António da Silva Leite, lhe dedicar o método “Estudo de guitarra”, no ano de 1796. No início do séc. XIX, entra em declínio na pátria de origem.
Portugal é o único herdeiro deste instrumento, o qual recebe transformações diversas até chegar à guitarra portuguesa, hoje instrumento nacional.
Apesar da inexistência de registos históricos precisos, acredita-se que o processo de diferenciação entre a guitarra de Coimbra e a de Lisboa remonta ao início do séc. XX.
A guitarra de Coimbra apresenta uma caixa harmónica mais longa e mais estreita, um comprimento de corda maior, afinação  um tom abaixo da de Lisboa e, como símbolo emblemático, a cabeça terminada geometricamente em forma duma lágrima, sendo largamente divulgada pelo facto de acompanhar o canto do fado de Coimbra.
A guitarra de Lisboa, que acompanha o fado de Lisboa, émais curta e mais larga, vulgarmente muito decorada com figuras de madrepérola, e tem como símbolo emblemático a cabeça terminada com uma voluta, por vezes chamada caracol.
História/origem:
Construído em 1996 por Joaquim Domingos Capela em homenagem a Carlos Paredes.
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