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Mulheres Alentejanas

Gravura
ID: MusA-721

Medidas:
42 cm;80 cm (altura;largura)
Descrição:
Conjunto de mulheres alentejanas, de rosto fechado, estampadas em fila, sobre tecido magenta. Desdobram-se em três grupos de camponesas tipicamente trajadas.
O primeiro grupo, à esquerda, é constituído por duas mulheres: uma dobrada sobre si mesmo, apoia ambas as mãos sobre o tornozelo da perna direita. Parece esticar a meia. Está vestida com uma saia pelo joelho, com collants escuros e uma blusa clara de manga comprida. Do seu lado direito repousa uma cesta com pegas. Em segundo plano relativamente a esta primeira mulher está colocada a segunda, de pé.  Ela segura em cada mão uma ponta de um pano escuro retangular que lhe cobre o corpo até aos joelhos.
O segundo grupo está centralizado na estampagem. Tem a particularidade de ter integrado, à esquerda um bébé sentado numa cadeira. Por detrás deste, uma mulher, de rosto virado para baixo, protege-o. Esta cobre as costas com um manto escuro que se prolonga à direita. Uma outra mulher segura o mesmo manto pela ponta superior direita  com as duas mãos unidas que lhe tocam, em simultâneo, a boca inexpressiva. A cabeça está envolvida por um carapuço escuro e apenas está visível o braço dobrado esquerdo. O seu corpo mantém-se oculto pelo manto.
Em primeiro plano entre as duas mulheres anteriores, sobrepondo-se ao manto, desenha-se uma terceira mulher, também de rosto inexpressivo com a cabeça tapada por um lenço. Em pose, deixa entrever o braço esquerdo esticado e obliquamente colocado para a esquerda. Aparece  parcialmente vestida com uma túnica clara de alças.
O terceiro grupo reúne-se à direita dos restantes. Duas camponesas o compõem, também elas vestidas da mesma forma que as mulheres que compõem os outros grupos. Têm rostos contrariados e traços contraídos. Ambas de pé encontram-se a trabalhar. A mulher à esquerda e em primeiro plano está a erguer cereal.  Tem os braços orientados para a esquerda e as duas mãos em concha.
O punhal de cereal que ora cai verticalmente para o chão ora é, em rajada, desviado para a direita. Em segundo plano, por detrás da anterior mulher, uma outra alentejana segura um pano retangular pela ponta, ao nível do rosto. Este ultimo cai até aos seus joelhos e impede que o cereal se espalhe. Sob os pés de ambas as mulheres está estendida uma peça retângular escura onde está acumulado o cereal que caiu verticalmente.
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