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Melhorar e conservar a saúde e prevenir as doenças são os objetivos principais dos cuidados de higiene. O aparecimento do movimento higienista na segunda metade do século XIX e as mudanças sociais e educativas ligadas ao processo de escolarização, iniciadas na segunda metade do século XX, vieram favorecer a criação de sociedades e de novas profissões, assim como de revistas, livros e outros documentos que relacionam higiene e saúde. A higiene corporal e a limpeza começaram a ser interiorizadas e própria limpeza pessoal converteu-se num sinal de educação e ética. Paralelamente, as casas de banho passaram a fazer parte das habitações privadas.
Necessidades tão específicas foram capazes de gerar um conjunto de objetos, alguns dos quais hoje nem reconhecemos, mas que foram, afinal, tão úteis em épocas passadas. A sociedade evoluiu e, com ela, foram-se alterando, também, os utensílios de higiene, de saúde e da própria cosmética. Mas os antigos ficarão na nossa memória coletiva.
Esta exposição teve como objetivo mostrar alguns desses utensílios: peças em vidro, cerâmica e noutros materiais, orientadas para a higiene, saúde e cosmética, em contexto doméstico, que foram produzidas entre a segunda metade do século XIX e o século XX, em grandes unidades fabris portuguesas como a Fábrica de Loiça de Sacavém, Fábrica da Vista Alegre, Fábrica de Alcântara e Marinha Grande.
Estas peças fazem parte de duas grandes coleções museológicas que em 2001 foram doadas à Universidade de Aveiro, pelo colecionador Francisco Madeira Luís.
 Um pequeno conjunto de peças expostas, foi especificamente cedido pelo Museu da Vista Alegre.
Ilustraram esta exposição, algumas imagens de pormenores da casa do Dr. Lourenço Peixinho (sede da antiga Fundação João Jacinto Magalhães), da autoria de Silva Rocha, e património da Universidade de Aveiro. A sua construção aponta para os anos entre 1906 e 1911 e é um dos muitos exemplos do estilo Arte Nova, existentes na cidade de Aveiro.